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Reflexo de Moro nos primeiros três meses

por Thainá Halac

A primeira vez que presenciei o Reflexo de Moro no Felipe fiquei em pânico. Ele se tremeu todo, abriu os bracinhos, como se estivesse caindo de paraquedas. Na primeira consulta ao pediatra, o médico provocou que ele tivesse a mesma sensação. Com os olhos arregalados da mãe de primeira viagem, questionei o que era aquilo. E ele me respondeu: “sinônimo de saúde, de que está tudo bem, de que o seu filho tem responde do Reflexo de Moro”.

Descoberto por um neurologista italiano, Dr. Ernst Moro, o reflexo é comum em neonatos nos primeiros três meses de vida. Normalmente desencadeado por um susto, barulho ou movimento brusco, é considerado um reflexo primitivo.

Por muitas vezes, Felipe estava em sono profundo no colo e quando o colocava no berço, ele se assustava e apresentava o reflexo. Durou até os três meses e fazer o casulo ou charuto, que já mostramos como fazer aqui ajudou muito a controlar o reflexo e para que não atrapalhasse o sono, despertando o bebê.

Algumas dicas simples podem ajudar a lidar com o reflexo nestes primeiros 90 dias de vida do bebê:

  1. Se for fazê-lo dormir no carrinho, balance o bebê em movimentos suaves para que ele não se assuste;
  2. Não o deixe chorando com fome. Amamentação em livre demanda ajuda a controlar a ansiedade do recém-nascido;
  3. Evite mudanças bruscas de iluminação no ambiente;
  4. Não submeta o bebê a mudanças de temperaturas repentinas;
  5. Tente deitá-lo em um berço pequeno, ou ninho, para que se sinta aconchegado e em segurança;
  6. Faça o casulo ou charutinho.

 

Bebês de até três meses que não apresentarem reflexo de Moro devem ser avaliados neurologicamente, pois podem ser portadores de doença neurológica central. Em geral, a criança que não apresenta é encaminhada a um neuropediatra, que fará um exame clínico e, de acordo com suas suspeitas diagnósticas, poderá solicitar exames como tomografia ou ressonância magnética, além de pesquisar eventuais doenças do metabolismo, por via laboratorial.

Por isso, fique atenta a reações e estímulos apresentados pelo seu filho e, principalmente, na ausência destes reflexos. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor sucedido o tratamento.

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