Sempre que leio algum relato de uma mãe de gêmeos desabafando sobre as dificuldades que passam para cuidar deles sozinha, sem ajuda, me dá um aperto no coração.
Participo de alguns grupos no Facebook voltados para pais e mães de gêmeos e sei que essa é a realidade de muitas mães.
Exaustão física, mental e emocional e choros intermináveis são os sentimentos e efeitos mais recorrentes.
Quando se trata de bebês recém-nascidos e uma mãe no puerpério a proporção 1 para dois é muito injusta. Muito. Essas mulheres têm que fazer o que é humanamente impossível. Seus dias são verdadeiras maratonas entre amamentar os bebês, colocar para arrotar, trocar fraldas, colocar para dormir e tantos outros cuidados que esses seres tão indefesos requerem.
E, muitas das vezes a proporção não é essa. Muitas vezes são mães que já possuem filhos, que requerem atenção e cuidados. Aí a matemática fica ainda mais complicada.
E como se cuidar de dois bebês já não estivesse de bom tamanho, elas ainda precisam cozinhar, lavar, passar e administrar toda a logística da casa.
Muitas delas ainda se deparam com a incompreensão de seus parceiros. E, por vezes, ainda são questionadas sobre como a casa pode estar uma bagunça se passaram o dia todo em casa. Eles não têm a menor noção de como são os dias de suas parceiras, verdadeiras guerreiras, que precisam ir à guerra por falta de opção.
É, claro que existem outros tantos pais que são verdadeiros parceiros e, que estão trabalhando duro para trazer o sustento financeiro. Que estão realmente preocupados com a situação de suas esposas.
Queria dar um abraço apertado nessas mães, cuidar delas, mas, principalmente, queria achar uma solução viável que pudesse resolver esse problema de forma coletiva, mudando a realidade dessas mães que vivem no limite. Um limite injusto e desumano.
