Nossa vivência é feita de ciclos, mudanças e transformações. Mas não imaginei que a chegada das minhas filhas poderia trazer mudanças tão profundas.
A mutação começou em meu corpo e até hoje se manifesta em minha essência.
Depois que elas nasceram passei a me questionar sobre a trajetória que estava traçando para a minha vida. Passei a querer entender quem eu era e quais eram as minhas íntimas vontades. Passei a querer aproveitar melhor o meu tempo. Passei a querer conhecer melhor as minhas habilidades, talentos e fraquezas. Passei a querer ter mais prazer nas minhas tarefas diárias. Passei a querer ter mais controle da minha vida e fazer as coisas menos no automático. Passei a rever minhas prioridades. Passei a querer entender qual o propósito da minha existência. Passei a querer seguir mais o coração e a intuição.
Levou um tempo. Eu precisei de tempo para digerir e entender tudo que estava acontecendo.
Foi um processo. Um processo profundo de autoconhecimento. De querer fazer as minhas escolhas de forma mais consciente. De alinhar as minhas atividades e atitudes ao meu propósito. Um processo contínuo e que, por isso, nunca acaba.
Um processo que não é só meu. Que é comum a muitos pais e mães.
Passamos a querer ser melhores a cada dia e todos os dias. Passamos a nos incomodar com coisas que antes pouco nos aborreciam. Passamos a questionar o que antes era inquestionável. Até que não mais cabemos nos velhos hábitos e no jeito de levar a vida como levávamos.
E, assim entre inquietudes, positividade, questionamentos e a vontade de ser melhor e de ser mais eu, vou traçando uma nova rota.
Uma rota mais conectada com minha essência, que me permita ser mais autêntica, que me permita seguir meus sonhos, que me permita mostrar o que eu tenho de melhor, que me permita fazer as coisas que mais importam em minha vida e, acima de tudo, que me permita ser feliz.
