Amigos queridos, não pude ontem dar a atenção que vocês merecem e agradecer pela enxurrada de energia positiva e carinho que recebi parabenizando meu novo ciclo. Pela primeira vez na vida a festeira aqui não conseguiu comemorar, não cantou parabéns, não cortou bolo. Não consegui sair para jantar com o marido.
Tudo isso por um ótimo motivo, chamado Felipe. Quem é mãe por aqui sabe que esses três primeiros meses são incríveis mas muito (tem negrito aqui para enfatizar que é MUITO?) difíceis. O bebê nos exige demais e em geral a mãe é a única referência de salvação da dor, da fome, de tudo que ele sente e não sabe verbalizar e nós não sabemos identificar. Chorei muito. De exaustão, cansaço, e, principalmente impotência. Mas chorei ainda mais de gratidão. Por ter vocês no meu caminho, por ter a minha família, por tudo que já conquistei. E por ter nos meus braços o melhor dos presentes, que quis a mamãe aqui só para ele ontem!
Repito exaustivamente o mantra da maternidade durante este limbo do puerpério: “vai passar”! E eu vou lembrar deste dia morrendo de saudade de quando meu pequenino achava que eu era a Super-Mamãe com poder de destruir arrotos, amenizar cólicas com a barriga, alimentar com leite direto da fonte, cantar cantigas, inventar histórias e mantê-lo aconchegado sobre o meu tronco, o único lugar no qual ele parece se sentir seguro e tranquilo para relaxar e descansar.
Bem-vindo, ano novo! Diga 33!
*Carta escrita em 08/04/2017
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