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O uso de Utrogestan na gravidez

por Thainá Halac

Já contei aqui que levamos um tempinho para engravidar. Durante quase um ano eu tinha estoque de exame de farmácia em casa. Todo mês olhava o negativo estampado naquela listra única. Já havíamos desistido de tentar naquele ano, que seria mais conturbado para mim profissionalmente, quando engravidei logo após o exame de histerossalpingografia.

Já grávida, em um casamento em São Paulo, sem saber e curtindo a vida adoidado!

Só que após fazer o exame, relaxei e não acreditei que engravidaria em seguida. Foi um mês no qual fomos a dois casamentos, curti todos, dançando muito, bebendo, viajei de avião. Continuei correndo três vezes por semana por esporte, e para completar, meu trabalho exigia muitas vezes que eu fosse in loco acompanhar as obras que preparavam o Rio para as Olimpíadas de 2016 – o que significava andar mais de 20km por dia.

Trabalhando muito, andando mais de 20 km por dia em obras sem saber que Felipe já estava comigo <3

Descobri a gestação quase dois meses depois da fecundação. Estava trabalhando tanto que nem me dei conta que a menstruação não tinha dado as caras nesse período. Foi quando resolvi comprar um teste de gravidez e lá estava, enfim, as duas linhas paralelas que mudariam completamente a minha vida.

Corri para a obstetra, fiz exames de sangue e segui para a ultrassonografia transvaginal, indicada nas primeiras semanas de vida do feto. Segundo a médica que realizou o exame estava tudo ótimo. Fato é que duas semanas depois, a médica Mariana Strider, uma amiga que é das melhores Radiologistas com a qual já fiz exame, pediu que eu fosse fazer uma ultra com ela para vermos o bebê. Lá ela me tranquilizou, mas constatou um pequeno descolamento da placenta que podia fazer com que a gravidez não evoluísse.

Liguei direto para a minha obstetra, que olhou o exame e confirmou o diagnóstico. Ela orientou que eu ficasse uma semana em repouso, fazendo uso do medicamento Utrogestan e de Buscopan Composto, para que o útero não contraísse e evitasse o aborto espontâneo.

Usado para suplementar a quantidade de progesterona do organismo, o Utrogestan é indicado para reter a expulsão do feto causada pela deficiência deste hormônio, principalmente nos três primeiros meses de gravidez.

No meu caso, a indicação era aplicar dentro da vagina (ele pode ser ingerido de forma oral também) até que o primeiro trimestre de gestação chegasse ao fim. O medicamento não combate abortos por causas genéticas e tem uma série de contra-indicações. Portanto o uso e a dosagem só devem ser recomendados e administrados pelo médico que acompanha a gestante.

Não tive nenhum tipo de efeito colateral e a gestação seguiu sem nenhuma intercorrência. Viva o Utrogestan!

 Conhece alguém que também fez uso do Utrogestan? Conta para a gente! Compartilhe esse post!

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