Foto: Renata Missagia
O sono segue sendo o maior desafio da maternidade por aqui, mesmo depois do Felipe completar dois anos. Neste período, a cama compartilhada foi a maneira mais fácil que encontrei de me adaptar à nova rotina após voltar ao trabalho, pois me poupava despertar, ir até o quarto do meu filho e retornar.
Escrevi mais sobre o assunto em Cama compartilhada: tudo que você queria saber!
Essa semana o meu desafio é fazer com que Felipe volte a dormir no quartinho dele, muito mais para que possamos, eu e Alexandre, dormir com mais conforto na cama. Vamos fazer uma transição, com o pai dormindo com ele para ver se ele mama menos à noite e assim prolonga o sono – já que essa noite, por exemplo, eu já estava com os mamilos assados, Felipe chorando querendo mais e foi só o pai deitar ao lado dele para que se acalmasse e dormisse.
Muitas vezes me aconselharam a fazer treinamentos do sono com Felipe. E eu neguei todas, porque vai contra o que eu acredito: que os bebês sabem dormir, mas ainda fazem ciclos de sono mais curtos e uma hora isso se regulariza normalmente.
Sou contra o choro controlado de bebês. Não consigo imaginar ver meu filho chorando e não acolher. Portanto colocar meu filho acordado no berço, deixá-lo chorando por minutos e acalmar sem tirar do berço sempre esteve fora de cogitação aqui em casa, por maior que fosse a minha exaustão. O bebê não aprende a dormir sozinho. Ele aprende que vai chorar e ninguém vai acolher.
Sempre fui a favor, sim, de uma rotina do sono, pra que Felipe entendesse o que estava acontecendo. Banho morno, luz mais baixa, casa com menos estímulos, escovar os dentes e pijama são rituais sagrados na minha casa. Tanto que ele sempre vai dormir na mesma hora e em geral não demora muito a pegar no sono.
Esse texto não é de forma alguma uma crítica a quem fez treinamento do sono em seu bebê. Cada um tem uma realidade, cada bebê e família são únicos. Mas se você está passando pelo dilema de “treinar” ou não o sono do seu filho, aqui estão alguns argumentos para você decidir. Eles não serão bebês a vida inteira, é só uma fase. O melhor que podemos fazer é estarmos perto, acolher e oferecer segurança.