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Relato de Parto de gêmeos: um normal e uma cesárea

por Isa
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Nesse texto eu conto como foi o meu parto de gêmeos: com emoção!

Um parto normal e uma cesárea. É isso mesmo: tudo em um combo só!

Confira agora os detalhes do meu parto de gêmeos: o trabalho de parto, a bolsa estourada, a emoção e a tensão do parto!

Vamos lá!

Relato de Parto de gêmeos: trabalho de parto

Acordei por volta de uma hora da manhã de uma quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016, para ir ao banheiro. Estava com 35 semanas e 6 dias.

Junto com o xixi, ouvi um barulho “Ploft!”. Achei estranho e fui analisar melhor aquele xixi. Tive a impressão que a bolsa havia estourado.

Não estava tendo contrações, ou pelo menos, não as tinha identificado.

E, como a bolsa estourou justamente dentro do vaso sanitário, fiquei em dúvida se era apenas xixi ou se havia líquido amniótico. Nunca olhei tanto para o conteúdo de um vaso sanitário.🤣🤣🤣🤣

Meu marido havia chegado em casa à meia noite, depois de um chope com os amigos.

Relatei o acontecido e ele, mesmo olhando o vaso, achou que não era nada.

Continuei encucada com aquilo e fui pesquisar no Google, mestre dos mestres quando o assunto é esclarecimento de dúvidas, qual a aparência do líquido quando a bolsa estoura.

Em alguns resultados de busca, li que o líquido era transparente, levemente esbranquiçado, tipo água de coco e que o cheiro se assemelhava ao da água sanitária.

Era exatamente o que eu via na minha frente naquele momento.

Voltei a falar com o André, que é médico, e odeia pesquisas sobre medicina realizadas no Google e, mais uma vez ele me falou para ficar tranquila, que ainda não era a hora do nascimento das nossas filhas.

Fui deitar, mas depois de alguns minutos comecei a sentir um desconforto de tempos em tempos. Eram as contrações que começaram dessa forma, um leve desconforto. Achava que era, mas não estava muito segura.

Por volta de 4h, decidimos ir para a Perinatal, já que o desconforto não passava. Nos arrumamos e pegamos alguns documentos e exames.

A mala da maternidade já estava pronta (veja aqui a relação dos itens para levar para a maternidade). E, quando íamos saindo de casa, meu marido achou que era desnecessário leva-la. Ele, realmente, não acreditava que as gêmeas estavam para nascer.

Insisti para levarmos, já que o único trabalho que teríamos seria trazê-la de volta (se não fosse o momento do nascimento).

Lembro que no caminho para a maternidade, o desconforto aumentou e falei para o André: nós não voltaremos para casa hoje. Ali tinha a certeza que estava em trabalho de parto. Ainda assim não sentia dor, mas um desconforto maior.

Como era de madrugada, ele achou melhor não ligar ainda para a Cris, nossa obstetra. Queria a confirmação médica. Estava realmente incrédulo de que era a nossa hora.

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Chegando na maternidade

Quando chegamos na emergência da maternidade, o meu marido foi estacionar enquanto eu relatava para a atendente o que estava sentindo.

A impressão que tive foi que elas acharam que eu estava muito tranquila e sem contrações para estar em trabalho de parto. Acho que não levaram muita fé! 🤣🤣

Depois de uns dez minutos, fomos atendidos. A médica pediu para eu falar um pouco sobre o que havia acontecido e o que estava sentindo.

Fiz um breve relato de tudo e ela concluiu que não devia ser nada, mas que de qualquer forma ia realizar o ultrassom para saber se estava tudo bem.

Quando ela foi começar a fazer a ultrassonografia, tomou um susto, porque já estava vendo o cabelinho da Alice. Elas estavam a caminho!

Estava com 6 cm de dilatação.

Ela perguntou se havíamos ligado para nossa obstetra e, como não, já fez a ligação para que ela pudesse chegar a tempo.

Alice estava encaixada, mas a Lara estava bem em cima e em posição transversal.

O meu marido ligou para os pediatras. Isso, no plural. Porque no parto é um pediatra para cada bebê.

Não havia quarto disponível na Perinatal e, se o trabalho de parto não estivesse tão avançado, seríamos transferidos.

Quando o André ligou para a minha mãe para avisá-la que estávamos na maternidade e as meninas para nascer, por volta de 5h30, ela achou que era trote e desligou🤣🤣. Só depois quando realmente acordou e as meninas já haviam nascido retornou a ligação.

Os obstetras haviam chegado – sim, no plural. Parto de gêmeos é tudo em dobro: 2 bebês, 2 obstetras, 2 pediatras… só o anestesista que foge à regra, basta 1, já que quem toma a anestesia é a mãe, não o bebê.

Quando eu já estava no centro cirúrgico, chegaram os pediatras e o anestesista. Quase que tiveram que acionar os de plantão da maternidade. Mas, o trânsito tranquilo da madrugada colaborou para que todos chegassem a tempo.

Recebi a anestesia. Tinha certo medo, mas achei bem tranquilo.

Fiquei o tempo todo acordada e acompanhando a movimentação. Um pano é colocado na altura do nosso tronco, formando uma cortina e, atrás dele é o campo cirúrgico onde ficam os obstetras e demais profissionais.

It´s time! Are you ready? Let’s get it on! Começada a hora, fiz força na medida em que recebia esses comandos e a nossa primeira gêmea (G1) nasceu bem rápido.

Alice nasceu às 6h13, com 2.280 g e 44 cm, de parto normal.

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Lembro que nessa hora, o André mesmo tirando foto com ela nos braços quase não sorria, ainda estava muito tenso para que tudo desse certo no nascimento da Lara, que não estava em uma posição ideal.

Ali, na hora, tivemos que decidir se insistiríamos no parto normal para a Lara ou se faríamos uma cesárea. Depois de alguns segundos, ficamos com a segunda opção.

Fiquei ali só ouvindo a conversa entre os médicos, os barulhinhos dos equipamentos que monitoravam a pressão e os batimentos cardíacos e os primeiros procedimentos com a nossa Alice, rezando e procurando emitir boas energias para que tudo desse certo no nascimento da Lara.

A tensão pairava no ar. Como a posição em que a nossa segunda gêmea (G2) estava não era das melhores, os minutos pareciam horas.

Lara nasceu às 6h35, com 2.205 g e 44 cm. Tudo perfeito!

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Sempre tive um certo medo do parto que restou vencido depois dessa experiência. Tirando essa tensão em relação ao nascimento da Lara, achei as outras etapas do meu parto de gêmeos bem tranquilas e melhores do que o meu imaginário desenhava.

Agora sim, já podíamos sorrir aliviados, as nossas duas princesas estavam ali conosco e com saúde. 💓💓

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Sem dúvida é um momento único e, por mais clichê que seja, é um dos mais emocionantes da vida. Ter ali nos nossos braços duas vidinhas, dois coraçõezinhos, dois pinguinhos de gente… é um sentimento absurdo!

Confesso que depois de ver as fotos e ler as razões para contratar uma cobertura fotográfica de parto no texto da Thai sobre o assunto, bateu um arrependimento por não ter investido nesse serviço.

Quer ler mais sobre gêmeos? Temos uma categoria inteira dedicada ao assunto aqui no blog >> CLIQUE AQUI!

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