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Vacinar no sistema público ou em clínicas particulares?

por Thainá Halac

Se há algo que funciona nesse país é o Programa Nacional de Imunização. Referência mundial, o Sistema Único de Saúde avançou muito neste quesito nas últimas décadas, promovendo a extinção de muitas doenças endêmicas que assolavam o país até pelo menos a década de 80.

As vacinas são boas e de qualidade, fruto de muita pesquisa. O calendário brasileiro atualmente é bem completo. Na Europa e nos EUA, por exemplo, a maioria das vacinas não é oferecida pelo sistema público e é preciso que os pais invistam para imunizar as crianças.

Por aqui sempre optamos por vacinar o Felipe no sistema público. O atendimento para responsáveis com bebês é prioritário e geralmente feito em sala separada dos demais.

caderneta de vacinacao

Optamos por aplicar no posto principalmente pela alta rotatividade das vacinas, que por serem usadas em mais pessoas, em geral ficam menos tempo abertas e expostas à ação do tempo, colocando a eficácia à prova.

O Ministério da Saúde,  aplica, hoje, as 11vacinas essenciais em cerca de 95% das crianças até nove anos: BCG, rotavírus, pneumocócica, veningocócica, tetra ou penta, poliomelite, tríplice viral doses 1 e 2, hepatites A e B, e febre amarela. Contudo, algumas vacinas ainda são restritas às clínicas particulares de vacinação.

Quais são as vacinas que não estão disponíveis na rede pública?

  • DTP Acelular – protege contra difteria, tétano e coqueluche. No SUS é disponibilizada a versão celular, que causa efeitos colaterais;
  • Poliomelite Vírus Inativado – no posto de saúde é aplicada com 2 e 4 meses. Na rede privada é feito junto com a DTP, economizando uma picada para a criança;
  • Pneumo 13 – rede pública previne contra 10 tipo e a particular contra 13 variações de pneumonia;
  • Rotavírus – posto de saúde protege contra 1 tipo x 5 tipos na pentavalente do particular;
  • Menigococo – após 1 ano de idade a rede privada oferece a vacina que protege contra 3 tipos (ACWY). Recentemente chegou ao Brasil a Meningococo B, que merece um post à parte.
  • Varicela – na rede pública é aplicada aos 15 meses, mas o pediatra pode antecipar pela rede privada caso haja necessidade. Protege contra sarampo, caxumba e rubéola.

Importante sempre perguntar ao pediatra do seu filho quais vacinas devem ser aplicadas no sistema particular. Ao longo dos quase treze meses de vida do Felipe, somente agora vamos complementar a imunização dele com vacinas que não são oferecidas pelo sistema público, mas que são recomendadas nos primeiros anos de vida do bebê. No nosso caso, vamos administrar Pneumo 13, Meningococo ACWY e Menigococo B, com os respectivos reforços quando recomendado.

 

Importante frisar também que é preciso que o pediatra monte a tabela de vacinação, já que muitos destes antígenos não podem ser administrados no mesmo mês. Ou caso haja necessidade – Felipe por exemplo vai tomar vacina contra gripe na rede pública e a Pneumo 13 na rede privada no mesmo mês – o ideal é que a imunização de ambas sejam feitas no mesmo dia para que o antígeno de um não combata o outro, tornando a imunização ineficaz.

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