Com sono de criança não se brinca, não é verdade? Noites bem dormidas são essenciais para uma boa qualidade de vida, melhor estado de humor e para o bom desenvolvimento mental e físico da criança.
Além disso, o sono dos pequenos influencia diretamente no bem-estar dos pais e, por isso, a escolha da caminha é tão importante.
Atualmente, muitas famílias escolhem usar a cama desde o nascimento do bebê, aderindo à pedagogia montessoriana. A Thai já falou um pouco sobre o assunto em Ideias e dicas de como montar o quarto montessoriano. Se você se enquadra nesse perfil, este texto também traz dicas importantes para ajudá-la na escolha.
Para quem aderiu ao berço, uma série de dúvidas surge assim que começamos a pensar em fazer a troca pela caminha. Foi assim comigo e, por isso, resolvi fazer esse post.
Para tentar ajudá-la a escolher a mini cama ideal, respondemos às principais dúvidas em relação ao assunto e listamos dicas importantes a serem levadas em consideração na hora de sua escolha.

Por que trocar o berço pela mini cama?
A caminha traz mais autonomia para a criança, na medida em que ela tem o livre exercício do seu direito de ir e vir (profundo, né? Risos), ou seja, ela passa a ter autonomia para decidir quando entrar ou sair do seu reduto de sono. E, com isso ela passa a ter mais liberdade.
Por isso, caso o quarto ainda não esteja seguro para o bebê, lembre-se de promover os ajustes no ambiente para essa mudança, por exemplo, colocando protetor nas tomadas.

Como saber quando é hora de fazer a transição para a cama?
Não há uma idade determinada para promover essa mudança, mas normalmente as famílias acabam fazendo a transição entre 1 e 3 anos.
Existem situações em que a troca pela caminha deve ser feita o quanto antes, por questões de segurança. É o que ocorre, por exemplo:
- Quando a criança estiver demonstrando interesse e capacidade em escalar a grade do berço.
- Se a criança estiver atingindo o peso e tamanho indicado como limite pelo fabricante do produto.
Outras razões podem motivar a troca e, alguns indícios podem ajudar na hora de tomar a decisão de comprar a mini cama:
- Se a criança estiver se mostrando desconfortável no berço e acordando muito a noite.
- Se a criança já estiver desfraldada (diurno) e o berço estiver atrapalhando a ida ao banheiro durante a noite.
- Se a criança estiver demostrando interesse em ter uma mini cama.
Mini cama: quais características considerar ao escolher a mini cama?
Grades laterais: prefira camas com grades laterais para proteger a criança de possíveis quedas. Se você optar por uma que não tenha a proteção de fábrica, existem no mercado modelos que podem ser adaptados à maioria das camas, como esse da imagem abaixo.

Atente-se para a a segurança: prefira camas com bordas arredondadas, sem cantos ou peças pontiagudas.
Tinta atóxica: a tinta usada na pintura da mini cama não deve ser tóxica.
Dimensões da cama: o tamanho da cama deve ser escolhido de acordo com a idade e tamanho do bebê ou criança. Nessa hora, pense por quanto tempo pretende que seu filho use a mini cama. Se deseja usar por mais tempo, você pode comprar uma cama do tamanho solteiro, mais baixinha e colocar grades.

A Cama Caju que aparece na foto acima, da Caju Casa, é baixinha e, como ela é um pouquinho menor que uma cama padrão de solteiro, mantém sua utilidade por um bom tempo. Além de ser linda, né?
Altura: outro ponto a ser levado em consideração é a altura da caminha, que precisa ser compatível com a da criança. É importante que a criança consiga subir e descer sozinha, em segurança. O ideal é que quando ela estiver sentada na borda, consiga tocar os pés no chão completamente.
Capacidade: Observe sempre o peso que a cama suporta e o seu comprimento para ter uma ideia de quanto tempo poderá usá-la.
Leve em consideração o tamanho do ambiente: lembre-se de medir o quarto onde a cama ficará para escolher o tamanho da cama. Assim, você evita comprar uma cama que ocupe um espaço maior que o que você tem disponível, por exemplo. É muito importante ter um espaço para circulação no ambiente. Para ter uma noção de como ficará a mini cama no espaço, você pode inclusive marcar o chão com as medidas da caminha eleita, com uma fita crepe.

A escolha do colchão para a mini cama
Escolha o colchão próprio para idade e peso da criança. Segundo o médico Ricardo Costa Dias, em matéria do Portal G1, o colchão não pode ser fofo demais. “O colchão muito macio não dá sustentação para a coluna durante a noite, deixando a coluna numa posição deformada, que pode gerar bastante dores ao longo do dia”.
A espuma mais indicada para crianças até três anos de idade é de densidade 18 a 20 (D18 a D20). Para crianças até 50kg e até 1,50 mts, a densidade indicada é a 23 (D23).

Rolinhos de proteção
Se possível, coloque rolinhos para impedir que a criança bata nas laterais e cabeceira da cama.
O protetor de berço da imagem abaixo é o Minhocão, da Mooui. Estampado em algodão acetinado 230 fios, com 260 cm de comprimento, possui 5 amarras para fixação no berço e zíper para que a capa possa ser retirada e lavada. Disponível em outras estampas. Pode ser usado no berço e depois na mini cama. R$ 329,70 em julho de 2018.

Rodízios e pezinhos
São recursos interessantes para facilitar a limpeza do quarto. Se não houver um vão entre a cama e o chão, veja se o peso da caminha permite o seu deslocamento com facilidade na hora da limpeza. Se você optar por uma mini cama com rodinhas, prefira as de silicone que não marcam o chão.

Esse modelo de mini cama da Casa com Pallet, feito em pinus (madeira de reflorestamento), tem rodízios de silicone que facilitam o deslocamento na hora da limpar. Foi a caminha que escolhemos para as meninas. Contarei os detalhes em um próximo post.
Os rolinhos que aparecem na imagem acima foram comprados na Babette Bebê e custaram R$145, em junho de 2018. Um outro rolo do tamanho maior integra o conjunto.
Beliches e camas suspensas
Costumam ser recomendadas para crianças a partir de 7 anos idade. Vale optar por uma cama suspensa ou beliche a partir do momento que seu filho tiver maturidade para entender o cuidado necessário com a altura e capacidade de usar esse modelo de cama mais alto.
Ainda assim é muito importante que a cama superior ou suspensa tenha uma grade lateral para evitar acidentes.

Como estimular a criança a aceitar a troca do berço pela cama?
De maneira geral, as crianças costumam aceitar bem a mudança para a caminha, mas se o seu filho demonstrar certa resistência, tente expor as razões para a mudança, destacando os pontos positivos: maior liberdade, mais espaço e mais autonomia. Dessa forma, as chances de que compreenda e aceite a mudança são maiores.
Além disso, você pode envolve-lo na escolha da mini cama, dos lençóis, do travesseiro e da colcha ou edredon.
Na hora de dormir, aproveite para contar uma história que ele goste e cantar uma música tranquila. Para passar mais segurança para o pequeno, permaneça no quarto até que seu filho durma.
Esperamos que o texto te ajude nessa transição do berço para a mini cama!
