Depois de ficar em casa por quase dois anos sob os cuidados da babá, duas avós, uma tia-avó e claro, dos pais (sempre que podíamos), era hora de colocar as meninas na creche.
A Lara sempre foi muito ativa e agitada. Diferente dela, a Alice foi um bebê mais quietinho até os 8 meses. Passado esse período, se tornou super agitada. 😂😂😂
Por isso, desde o ano passado nos questionamos sobre o momento certo para colocar elas na creche. Sabíamos que elas tinham que canalizar essa energia para outras atividades e queríamos que ficassem expostas a outros estímulos para um desenvolvimento mais completo.
Elas fizeram aula de psicomotricidade entre 5 e 10 meses de idade. Depois migraram para a natação, mas como a Alice demonstrou desconforto depois de 2 meses de aula, elas passaram a fazer aulas de Cirandinha. Que se estenderam até dezembro de 2017.
Além disso, diariamente, elas brincavam no play ou iam em algum parquinho.
Sempre tivemos a preocupação que elas interagissem com outras crianças. Mas sentimos a necessidade cada vez mais forte de que elas frequentassem a creche. Chegamos a pensar em coloca-las no final de 2017, mas pesando os prós e contras decidimos que a iniciação seria mesmo em 2018.
Somos muito gratos por toda a ajuda que tivemos dos parentes durante esse período. Foi fundamental para que eu pudesse retornar ao trabalho com tranquilidade.
Com esse apoio conseguimos montar um esquema de forma que nossas filhas gêmeas sempre ficaram aos cuidados de duas pessoas. Por isso, decidimos atrasar a entrada delas na creche.
Outros dois fatores pesaram nessa escolha: evitar as viroses tão comuns na primeira infância e o fator financeiro. Pagar duas mensalidades das creches que nos interessaram seria, em média, 40% mais caro que manter a babá, somando salário e todos os encargos.
No nosso bairro existem muitas opções de creche e não foi difícil encontrar uma que se enquadrasse nos nossos desejos. A Thai já deu dicas de Como escolher a creche para o seu filho.
Se você mora no Rio temos um post que pode te ajudar: Valor da mensalidade de creches da Zona Sul do Rio.
O período de adaptação na creche
Escolhida a creche, agendamos o dia de início da adaptação: 6 de fevereiro, uma terça-feira antes do início do carnaval.
Decidimos que o pai, as avós e a babá acompanhariam o processo de adaptação na creche. Amigas experientes e alguns educadores durante as visitas às creches haviam comentado que quando a mãe não participa, a adaptação costuma ocorrer de forma mais rápida e tranquila. A Coordenação da creche delas também sinalizou nesse sentido.
A creche disponibilizou dois horários para adaptação. Um pela manhã e outro à tarde. Ambos com duas horas de duração. Escolhemos o horário da tarde, que atendia melhor a nossa logística.
Foram três dias de adaptação. Na creche delas, os responsáveis iniciam o processo acompanhando a criança em todas as atividades realizadas (inclusive entrando em sala de aula) e, aos poucos vão deixando a criança sozinha com os professores e auxiliares.
Pela impressão dos acompanhantes, a Alice ficou bem em todos os dias, enquanto a Lara demonstrou incômodo em todos os três dias. No primeiro dia ela ficou bem incomodada com a nova rotina e, no terceiro ficou bem melhor. A cada dia a Lara foi chorando menos e participando mais das atividades.
A orientação da Coordenação da creche foi que no dia em que elas ficassem bem todo o período de duas horas, poderíamos levá-las pela manhã no próximo dia de aula para cumprirem o horário integral contratado (9h30-17h30).
Ao todo foram três dias de adaptação. De terça-feira à quinta-feira, já que viajamos na sexta anterior ao carnaval e, por isso, elas não foram a aula nesse dia.
Como na quinta-feira as meninas ficaram bem durante todo o período, decidimos que era hora de levá-las pela manhã na quinta-feira, pós recesso de Carnaval.
Estávamos um pouco receosos porque elas haviam ficado um período considerável sem ir à creche e em convivência intensa conosco. Nosso medo era que esses fatores atrapalhassem o retorno às aulas. Ledo engano!
Elas sentiram um pouco, claro! Mas suas reações foram contornáveis e no primeiro dia que foram pela manhã ficaram até o final. 🙌 😂😂
Só recebemos uma ligação da creche, por volta da hora do almoço, para que levássemos a chupeta já que elas estavam pedindo. Em casa não dávamos mais chupeta durante o dia. Apenas a noite na hora de dormir. Mas entendi que nesse momento de adaptação era melhor facilitar o processo e a minha vida e pedi que a nossa ajudante levasse as chupetas até lá.
Nossa impressão sobre a Adaptação na Creche
Entendemos que o fato delas serem duas facilitou muito o processo de adaptação. Acaba que uma representa um apoio, uma referência para a outra e a novidade acaba sendo melhor absorvida.
Acreditamos também que o fato da mamãe aqui não ter participado do processo tenha facilitado também. Elas são muito apegadas a mim e, acredito que a minha presença mais atrapalharia do que facilitaria.
É claro que fiquei com vontade de participar um pouquinho, mas não me arrependo dessa decisão. Marido e sogra contribuíram enviando algumas fotinhas delas durante a adaptação, o que acabou acalmando o coração.
Passados dois meses que as meninas entraram na creche, os responsáveis pela Coordenação nos chamaram para uma reunião que costumam fazer regularmente. Nessa reunião eles nos deram um feedback de que a Alice ficou chorosa por um período maior e que ela havia demorado mais para se adaptar.
Foi uma informação surpreendente já que as pessoas que acompanharam as meninas no período de adaptação tiveram uma impressão diferente.
Nos primeiros dois meses eu levei as meninas duas vezes na creche, para nunca mais! 😂😂😂 Foi uma choradeira e um desafio enorme na hora de ir embora. Por isso, minha função ficou apenas reservada para ir buscá-las, o que é sempre uma alegria!
É muito bacana ver a evolução diária delas, as descobertas, os experimentos, os trabalhinhos, a relação dela com os amigos e as professoras e auxiliares. Enfim, estamos muito felizes com essa nova etapa.
Lembrou de alguém que está apreensiva com a adaptação na creche? Mande o texto para ela!
