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Por que a amamentação cruzada é contraindicada?

por Thainá Halac

Recentemente uma novela exibida pela Rede Globo provocou polêmica ao mostrar uma mãe amamentando o filho de outra mulher. Comum antigamente, a amamentação cruzada – como é conhecida a prática de mães que amamentam filhos de outras que apresentam alguma dificuldade com o aleitamento – é contraindicada atualmente pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS), por trazer diversos riscos ao bebê, podendo transmitir doenças infectocontagiosas, sendo a mais grave a Aids.

Eu mesma tenho  “irmãos de leite”, como eram conhecidas as crianças amamentadas por outras mulheres. Quando jovem, minha mãe amamentou gêmeos que não puderam receber aleitamento de sua mãe.

À época, nos anos 80, era apenas uma maneira dos bebês receberem o alimento materno. Mas hoje sabemos que o leite também pode transmitir contaminação.

Sempre bom lembrar que o bebê não é totalmente imunizado. Doenças como hepatite B, por exemplo, que são silenciosas, podem ser transmitidas dessa maneira.

A proibição da amamentação cruzada data de 1985, com a descoberta da Aids. Logo após estudos mostraram que outras doenças poderiam ser transmitidas pelo leite ou por sangramentos nos mamilos causados pela prática da amamentação.

Atualmente, as mães que não conseguem amamentar devem, primeiro, procurar a orientação do pediatra da criança. Outra alternativa são os bancos de leite, que além de oferecer o leite materno tratado e pasteurizado, ainda podem ajudar a lactante a corrigir a “pega” e ensinar como estimular a amamentação materna.

Amamentar não é fácil, exige muita dedicação. No meu caso, por exemplo, Felipe demorou quase uma semana para “aprender” a mamar e a produção de leite se estabilizar, como relato nesse post aqui. No Rio de Janeiro, o Instituto Fernandes Figueira presta um serviço de excelência tanto como Banco de Leite Humano quanto de orientação para amamentação.

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Qual a diferença do Banco de Leite para a amamentação cruzada?

A diferença fundamental do leite do Banco de Leite Humano para o leite doado diretamente por outra mãe é que lá o leite é tratado, pasteurizado e, por isso, isento de qualquer possibilidade de transmissão de doenças. A mãe não deve amamentar outra criança que não seja o seu filho. Mesmo se esta mãe estiver com os exames normais ou se teve uma gravidez tranquila, ela pode estar em uma janela imunológica, e esse bebê correr o risco de contrair alguma doença.

Por isso, se você tiver leite sobrando, doe! Você pode salvar muitas vidas!

As vantagens da amamentação

O bebê e a mãe só têm a ganhar com a amamentação, que traz inúmeros benefícios para toda a vida. Já abordam os diversas vezes o tema no Sacada da Mãe, como nesse post aqui, mas é sempre bom reforçar que o leite materno é  uma substância viva, adequada às fases de vida do bebê, que funciona muitas vezes como imunizador e até como antídoto para combater doenças contraídas pelos bebês.

Outro ponto é evitar a introdução precoce de alimentos alergênicos, além de ser um alimento completo – o bebê alimentado com leite materno não precisa ingerir nem mesmo água, o que é mais uma proteção contra doenças que podem ser contraídas por meio da ingestão de líquidos com procedência duvidosa.

Fortalece o vínculo da mãe com o bebê, sendo fundamental durante a exterogestação. Para a mãe que amamenta, ainda mais um benefício: estudos recentes mostram a associação com menos casos de câncer de mama nas mulheres que fizeram amamentação prolongada.

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O post ajudou a esclarecer suas dúvidas? Marque sua amiga com dificuldades de amamentação aqui!

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