A hérnia umbilical é um abaulamento bem comum em recém-nascidos. Apesar de todos os cuidados com a limpeza do coto umbilical – o do Felipe caiu com 11 dias e parecia perfeito – não sei se pelo esforço que ele fazia ao chorar com as cólicas ou por uma questão genética (meu marido tem o umbigo um pouco estufado e minha cunhada chegou a operar na infância), acabamos convivendo com essa protuberância durante muitos meses.
Desde que começamos a observar, por volta do terceiro mês, sempre perguntávamos ao pediatra se o umbigo iria regredir ou se teríamos a necessidade de corrigir por intervenção cirúrgica – que atualmente segundo os médicos é bem simples. À época fomos a três médicos diferentes e todos fizeram o mesmo exame: comprimiam com o dedo indicador a parte sobressaltada e concluíam que o umbigo regrediria sozinho.
De 10 a 20% dos bebês apresentam hérnia ao nascer, que nada mais é do que uma fraqueza muscular do abdômen que aparece após a queda do coto umbilical.
Na grande maioria dos casos, a hérnia é indolor e fecha sozinha até os dois anos de idade. Aqui um alerta: não é recomendado o uso de cinteiros, ataduras, moedas ou faixas sobre o umbigo. Esqueça esse costume ultrapassado que só piora, podendo ocasionar inclusive infecções e necroses.
A indicação cirúrgica é apenas nos casos nos quais a hérnia umbilical não regride espontaneamente ou para casos de estrangulamento da hérnia.
No caso do Felipe, antes de um aninho o umbigo dele já estava perfeito! Confesso que quando olhava não acreditava que ficaria tão bonitinho, mas a verdade é que é só ter paciência que tudo se ajeita.